No dia em que deixei de ser CLT para me tornar empresário de verdade — brasileiro, sofredor, como tantos outros neste mundão afora, daqueles que precisam matar um leão por dia para ter dinheiro e pagar as contas pessoais, da empresa e das dezenas de pessoas que estão na folha de pagamento… Prometi a mim mesmo que estava na hora de parar… Precisava, com toda a certeza, parar…
- Parar de ser empresário por baixo dos panos… Já tinha CNPJ e sócios há mais de 2 anos, mas era algo como plano B, sem muito brilho.
- Parar de ser passivo quando o assunto era fazer mais para ajudar a mudar a realidade de outras pessoas.
- Parar de acreditar que o modelo de educação e ensino existente em nossa sociedade ajuda alguém a mudar de vida de verdade.
- Parar de dizer que eu faria mais, se tivesse mais… tempo, dinheiro, gente.
- Parar de me esconder dos problemas e esperar que algo mágico aconteça para resolver as coisas.
- Parar de viver o sonho dos outros e começar a construir sonhos em conjunto.
Confesso que o momento em que saí do CLT estava meio crítico, fim de pandemia, layoffs ocorrendo por todos os lados! Naquele momento, vi diversos amigos ultracapacitados, experientes e — por que não dizer — referências perderem o chão, sentindo-se uma fraude, e alguns até já não conseguiam mais fazer sequer uma entrevista, dominados pelo pânico e ansiedade, sendo necessária intervenção médica para conseguirem sair deste quadro.
Na época, começamos a desenhar diversos modelos de negócio para esta dor e que ajudassem a dar alguma segurança no futuro para pessoas que estivessem passando por esta mesma situação! Mas, como todo bom trabalhador, que gosta de trabalhar e ter segurança, estes amigos(as) acabaram arranjando outros empregos após algumas semanas, já estavam se sentindo mais equilibrados com as conversas semanais que tínhamos e acabaram seguindo seus caminhos. Não joguei estas ideias fora; estão aqui guardadas para o momento propício $$$.
Mas isso me deixou incomodado e percebi que existe de fato um nicho de mercado muito grande em fazer o bem. Não o bem daqueles infoprodutos de perder peso, ser mais eficiente, ter atenção plena, investir na bolsa, que você sabe que o único objetivo é vender videoaulas e PDFs; se der certo, o mérito é nosso; se der errado, a falha é sua… Confesso que, vez ou outra, acabo comprando estas coisas. Então, comecei a pensar em modelos que pudessem ser diferentes, rápidos e objetivos para ajudar pessoas a se qualificarem. Na época, tinha feito uma pós-graduação sobre gamificação e acabei me aprofundando em livros sobre o tema (os livros eram muito melhores que a pós, eu confesso). Então, por que não usar estes conceitos para fazer as coisas de maneira diferente?
Comecei a rascunhar as primeiras versões desta ideia e logo ficou evidente que elas davam muito… muito certo! Em alguns meses, começamos a ter profissionais de tecnologia em nosso time que eram fora da curva, sem experiência prévia, sem curso superior ou com curso superior em outras áreas de atuação. No fim das contas, perdemos estes jovens espetaculares para empresas como iFood (prometi para mim mesmo nunca falar mal de uma ex).
Tentamos entender o que de verdade era o diferencial e como repetir a fórmula, e repetimos isto mais outra vez… e novamente conseguimos outra leva de profissionais incríveis, nas mesmas condições, sem formação e experiência prévia. Desde então, começamos a trabalhar no que hoje é o MoviTalent… Sabemos que o programa ainda tem muita coisa para ajustar e criar… Para nós, isso significa cerca de 25 objetivos que envolvem a construção de produtos e serviços que irão ajudar as pessoas que começam a vida adulta em desvantagem, ou que precisam mudar o curso de suas vidas, a conseguirem fazer isso de forma rápida e sem custo!
Como falei no início, eu parei de me preocupar com dinheiro e tempo envolvido neste projeto porque sei que esta é minha obrigação... a ideia é simplesmente boa demais para não ser investida e realizada! Ontem foi a última apresentação da segunda turma e estamos com a terceira edição do MoviTalent em plena execução… Foram mais de 200 pessoas inscritas nas duas últimas edições e um orçamento de mais de R$150k investidos pela MoviPlu, Polartis e eu.
E você? Eu tenho certeza que você também pode e quer fazer a diferença… Não me importo que achem que eu sou um sonhador, idealista, utópico! O fato é que sei dos meus limites, até onde consigo ir com meus próprios recursos! Por isso, estou procurando pessoas que queiram fazer a diferença, que queiram retribuir de alguma forma o que conseguiram conquistar, que saibam de seu papel na sociedade e que desejem de alguma forma participar deste projeto que muda vidas! E lembre-se: ajudar não é apenas sobre dinheiro. Seu tempo, sua mentoria e seu conhecimento podem ser o maior investimento que podemos receber.
Caso deseje conversar mais sobre esse assunto, estou disponível no email:
tiago.larios@moviplu.com